Os segredos da Borgonha – a Mostarda Dijon e o famoso Boeuf Bourguignon

Eu não podia deixar de começar esse post falando sobre o meu prato predileto e que é uma dica para o Natal, caso você queira diversificar ou inovar nesse ano que já está todo diferente.
E aí vai: claro, o famoso Boeuf Bourguinon. Ele te abraça, te envolve, te alimenta e impressiona até os mais descrentes. Esse guisado feito à base de carne, vinho tinto e legumes, pode ser servido simples assim ou com um purê de batatas com ervas que é sensacional!

É um prato cheio de técnica, mas com uma história, uma tradição camponesa. É como se fosse a nossa feijoada, no amplo sentido da palavra. É um prato que reúne a família no domingo ou nas festas. Um prato é tão generoso  que pode ser feito com antecedência e fica pronto, quentinho, no fogão, esperando todo mundo chegar para festa. Pensa se não é um prato perfeito para o Natal?


Mas tá, tudo bem, a receita já falo logo mais, mas antes, queria te levar um pouco para a região da Borgonha, para você sentir um pouco o clima e começar a fazer sua lista de compras, porque eu tenho certeza que você não vai resistir. E se não abrir mão do Peru de Natal, vai querer fazer no Ano Novo, ou quem sabe, até no dia seguinte!

A Borgonha é uma região rica para o enoturismo, pois é de lá que saem os melhores e mais caros vinhos do planeta. Pinot Noir e Chardonnay são as uvas principais, mas o terroir daquelas bandas também é excelente para Gamay e Aligoté e, vou te contar, também fazem excelentes vinhos Sauvignon Blanc.Mas nem só do turismo de vinhos vive a Borgonha. Para você ter ideia, a capital de lá é Dijon. Sim, de onde sai a tão famosa mostarda Dijon. Mas veja bem, não é onde se planta a mostarda, mas sim onde estão as maiores fábricas. E aí você pode se perguntar, mas por que raios chama mostarda de Dijon, se não é lá que a mostarda é plantada. Te conto.

Há muito tempo atrás (no início do século XVIII) um cara chamado Antoine-Claude Maille, que morava em Marseille (sul da França) e fazia destilados, resolveu tentar curar uma super epidemia fabricando um vinagre especial. Ele recomendava que toda a população usasse seu vinagre diluído em um pouco de água nas narinas (tipo remédio de sinusite sabe, como se fosse um spray?) e também lavasse as mãos com essa mistura (olha o álcool gel da época, hein). Ele ficou super famoso com essa ação e seu filho (de mesmo nome) resolveu registrar os condimentos de seu pai e levá-los para Paris, abrindo a primeira loja Maille na rue Saint-Andrés des Arts (onde ainda estava até pouco tempo atrás – agora está quase ao lado…). Ficou famosíssimo, porque ele virou fornecedor oficial de toda corte real, na época, governada por Luis XV.

Tá bom, mas de onde vem a história da mostarda?

Para quem não sabe, a mostarda nada mais é do que um condimento à base de sementes de mostarda, vinagre e sal, mas foi só na metade do século XIX que a Maille resolveu se estabelecer na Borgonha, em Dijon, e produzir seus condimentos todos na região. A partir daí, eles desenvolveram um processo todo especial relacionado à fabricação da mostarda e então, o nome mostarda de Dijon significa que é uma mostarda (um condimento) fabricado a partir deu um processo específico de fabricação.

A planta, na época era quase como uma erva-daninha, encontrada em tudo que é canto, mas atualmente, o Canadá é responsável por fornecer mais de 80% da matéria-prima para os grandes fabricantes. E sim, é possível produzir mostardas de Dijon fora da região, mas não pode estampar esse nome na embalagem, pois isso está reservado para os produtores locais, que, diga-se de passagem, são os maiores do mundo.

E então, o que mais tem lá na Borgonha? Muita coisa!!

O gado Charolais está muito presente na região e muitos vivem entre as galinhas, acreditam? Galinhas que não são assim, qualquer galinha, são aves de Bresse, região que fica entre a Borgonha e a cidade de Lyon. E é dessa raça de gado, com uma carne rica em gordura entremeada, que o delicioso guisado que começamos nosso assunto é feito! Além dessa, ainda temos outras delícias, como o uso intenso do alho, salsa, os escargots, os gougères (como se fosse uma carolina salgada, feita com queijo regional), as cerejas frescas, os mirtilos, os cogumelos… ih… é coisa boa que não acaba mais.

Então vamos lá para a receita e, num próximo post, dou mais dicas dessa região magnífica localizada no coração da França!

Se você quiser saber mais, inscreva-se no meu canal do YouTube e veja mais dicas de viagem, do que visitar, do que comer, de onde se hospedar e muito mais!

A melhor receita de mousse de chocolate do mundo

Bom pessoal, se você chegou até aqui é porque quer saber qual é essa tal receita melhor do mundo, né?

Pois bem, sem maiores delongas, eu te conto. Tenho certeza que você não vai se arrepender. Quando eu faço aqui em casa, é um sucesso e todo mundo que vem aqui um dia já comeu essa mousse de sobremesa.

Providencie os ingredientes, coloque a família toda para separar e pesar tudo e mãos à obra. Depois de pronto e provado, é claro, deixa um comentário para me contar se eu tenho razão!

Olha lá como o passo a passo é fácil e rápido! As meninas me ajudaram dessa vez!

Como visitar Dubai na pandemia

Se você tem rodinhas nos pés como eu, tenho certeza que está cansado dessa pandemia, de ficar preso em casa durante os últimos 9 meses. E aí? Será que já é hora de se aventurar pelo mundo novamente? Mesmo com essa segunda onda vindo forte em alguns países, inclusive no Brasil?E essa vacina que não sai por aqui? E quando sair, quanto tempo levará para todos estarmos vacinados? Será que um dia vamos deixar de usar máscaras por aí afora?

É pessoal, são tantos questionamentos, tantos medos, tantos anseios, mas vamos lá logo ao que interessa. Afinal esse não é um blog depressão!

Enfim, tudo bem, a viagem está decidida, vamos nos arriscar. Mas e aí, a pergunta é para onde?

Dubai é a resposta!

Os Emiradenses estão desesperados para receber turistas. A Emirates (maior companhia aérea da região) então, aposentando seus A380 pelo deserto afora, diminuindo frequência de vôos de forma descomunal e os hotéis minha gente… ah! Os hotéis sensacionais  (e caros) de Dubai… ESTÃO MAIS BARATOS. Repito: estão mais, muito mais baratos do que o normal!

Acreditem! Atualmente Dubai e também sua vizinha Abu Dhabi estão de portas abertas para os brasileiros, com a única restrição de que, na chegada, apresentemos um teste PCR negativo para COVID-19 feito em menos de 96h antes da partida.

Até pouco tempo atrás a Emirates, que é sua melhor opção para chegar em Dubai, mantinha acordos com alguns laboratórios. Hoje não mais. Você pode escolher qualquer um e seguir viagem. Mas garanta que o resultado sairá antes do embarque, é claro! Algumas opções em São Paulo que já consultei e, inclusive liberam o resultado em inglês, é o Fleury e o Einstein. Eles também garantem o resultado em um prazo de 24h. Caso você prefira, também é possível fazer o teste diretamente no aeroporto de Guarulhos, mas não deixe para o último dia. Contem 96h antes da partida e façam o teste (lembrando que o vôo que parte de São Paulo para Dubai decola à 1h10 da manhã).

Teste feito, embarque realizado e aí é só curtir a viagem (com máscara o tempo todo, hein!) tomando todos os cuidados necessários. Quando você chega em Dubai, você também pode ser selecionado para fazer o teste no aeroporto, independente do seu resultado aqui no Brasil. Importante reforçar a importância de você fazer um plano de saúde internacional que cubra despesas relacionadas à COVID-19, caso alguma coisa aconteça durante sua estadia.

Mas e aí, cadê as dicas dos hotéis e do que fazer em Dubai? Calma lá…Aqui relaciono quatro grandes achados de hotéis top em lugares diferentes em Dubai. Quando digo achado, são achados mesmo, pois estão de três a quatro vezes mais baratos que antes… As pesquisas foram feitas para hospedagens em maio/2021 para um casal, todas com café da manhã já incluso. Vamos torcer para a vacina chegar rápido!

Região de Dubai Deira Creek


Radisson Blu Hotel. Bem no buxixo do centro velho de Dubai e quase no coração dos souks (mercados), esse hotel é um achado, pois faz parte de uma rede excelente. É gigante, 5 estrelas de primeira e com ótimas opções de restaurantes no local, além de ser pertinho do aeroporto. O que é uma mão na roda caso você faça uma escala curta por lá. Diárias a partir de U$65.00.

Região do Burj Khalifa

Taj Duba. iEsse aqui é espetacular! Bem de frente para o maior prédio do mundo, o Burj Khalifa, o Taj tem quartos que começam em 45m2 e com diárias a partir de U$100.00. E caso você queira uma vista para a grande torre diretamente do seu quarto, basta pagar U$20.00 a mais e você já acorda e dorme sonhando, com a janela aberta hein!

Região de Jumeirah (a grande ilha artificial em formato de palmeira, sabe?)

Bom, o Jumeirah Mina A Salam está nesta lista não porque ele está tão barato assim perto dos outros, mas acredite! Está muito mais barato que o normal. Esse hotel é simplesmente fascinante. Pertencente a rede Jumeirah de hotéis exclusivíssimos, você consegue garimpar uma diária lá a partir de U$350.00.

Tá, eu sei que não está nenhuma pechincha, mas o hotel é realmente fantástico. Quem sabe você não faz um esforcinho e fica lá pelo menos uma noitezinha… Por esse valor, o café está incluso e seu quarto tem 50m2 e um mordomo à disposição, além claro, da vista deslumbrante do Burj Al Arab, o mega hotel 6 estrelas de Dubai em formato de vela. (esse aqui, para quem tem curiosidade, está uma bagatela de U$2,200.00 a diária – não, eu não coloquei um zero a mais…).

Um detalhe importante. Esse hotel não fica na ilha. Fica no continente, mas na mesma região (não sei se você sabe, mas Dubai tem duas ilhas em formato de palmeira. A que eu me refiro é a mais famosa, a que fica do lado do Burj Al Arab, ok?).

Região da Marina de Dubai


Logo em seguida à região de Jumeirah Beach, esse aqui é um mega achado! Por U$130.00 você consegue se hospedar no coração da Marina de Dubai no hotel da famosíssima rede Address – o Address Dubai Marina. Um hotel quase recém inaugurado, há cerca de 2 anos e todo cheio de tecnologia embarcada no quarto. Ah, e um detalhe ultra importante! Esse hotel aceita até 3 crianças de até 12 anos nos quartos (colocando camas extras, inclusive) por esse mesmo valor. Então, para quem é louco como eu e resolver levar a filharada toda, pronto! Achou o lugar certo.

A Marina é um bairro super bacana que você pode aproveitar para ir à praia e curtir a noite sem precisar de carro, caso você não queira conhecer o restante de Dubai e ficar só na região do hotel.

E então pessoal, com vontade de se aventurar por Dubai? Não deixem de conferir esses posts por aqui também e saber um pouco das nossas experiências por aquelas bandas. 

Vem comigo e até a próxima!

Burj Khalifa um “must see” em Dubai – não importa o preço

Safari no deserto em Dubai

Old Dubai – onde tudo começou 

Frequentando um supermercado em Dubai

Dubai – A chegada e algumas informações práticas 

 

Mercados próximos a Bangkok – Damnoen Saduak e Talad Rom Hub

A Tailândia é um país que possui uma diversidade incrível de mercados de rua, sejam eles noturnos, diurnos, a céu aberto ou fechados. Também é um lugar conhecido por alguns mercados peculiares, como é o caso dos dois aí no título do post.

Começamos bem cedo o dia, tomando café às 6h30 da manhã para conseguirmos chegar a tempo de ver o Talad Rom Hub ou Folding Umbrella Market ou Maeklong Railway Market ou ainda, como nós conhecemos, o mercado do trem.

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Como fazer imigração em Bangkok

Resolvi escrever atualizar esse post para situar alguém, brasileiro principalmente, que chega perdido em Bangkok! O aeroporto que provavelmente você chegará será o Suvarnabhumi, o principal de Bangkok (BKK). É um aeroporto bem grande e até que muito bem organizado.


Aqui pretendo dar as dicas básicas para você não passar nenhum perrengue, afinal olha que fácil entender as placas  (e não vai pensando que todas tem tradução).

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Burj Khalifa – um “must see” em Dubai – não importa o preço

Segundo e último dia em Dubai. Reservei a subida ao Burj Khalifa, torre mais alta do mundo, com 828m de altura, 150 andares, inaugurada em janeiro de 2010. A subida até o andar mais alto é extremamente cara, então me contentei em subir até o andar 124, com 452m de altura. Ainda assim, essa subida é bem cara, mas vou dar algumas dicas de como não se arrepender e economizar alguns reais.

Mesmo depois de pesquisar bastante, nenhum lugar onde li foi enfático o bastante para dizer o seguinte: ou você compra pela internet ou não sobe na torre DE JEITO nenhum. Bom, talvez existam métodos não ortodoxos, ou disponibilidades em datas não festivas, mas estes eu desconheço.

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Safari no deserto em Dubai

14h30 a 15h00 era o horário agendado para o nosso tour. Esse é um dos motivos pelos quais não gosto muito de pacotes turísticos. O horário é inflexível e tudo que eu quero nas minhas férias é um pouco de flexibilidade. Vai que não estou afim de estar às 14h30 no hotel. Vai que meu almoço estava excelente e quero continuar no restaurante, ou tive uma ideia mirabolante e quis mudar os planos, ou não estava passando bem e quisesse desistir… Enfim, já tinha agendado e pago metade do passeio, então vamos lá… Já que tem horário, fico estressado em atrasar, então prefiro chegar ainda mais cedo! 14h15 estávamos lá, sentados na recepção e ansiosos pela chegada do nosso guia.

Depois de muitas e muitas pesquisas (vocês já sabem dessa parte), eu aceitei contratar um pacote bem turistão para fazer um Safári do deserto.

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Old Dubai – onde tudo começou 

Acordamos bem cedo e lá fomos nós para o café da manhã. Vou deixar todo mundo curioso, pois esse assunto merece um post à parte. Aguardem!

Depois do café tinha programado uma visita à Jumeirah Mosque, única mesquita em Dubai aberta a não muçulmanos. Depois de investigar, descobri que a visita podia ser feita de forma guiada, pelo projeto de divulgação cultural do Sheikh Mohammed, o “Open doors. Open minds”. Funciona da seguinte maneira, de acordo com os mil blogs e sites que pesquisei: você deve chegar às 9h45 para se inscrever para a visita e custa 20 Dirhams para adultos e 12 para crianças. Todo mundo que chega consegue entrar e a visita dura cerca de 1h15. Em seguida, você é convidado para um chá com docinhos típicos e tâmaras. Legal, ótimo, perfeito, se não fosse por dois motivos básicos:

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