Mercados próximos a Bangkok – Damnoen Saduak e Talad Rom Hub

A Tailândia é um país que possui uma diversidade incrível de mercados de rua, sejam eles noturnos, diurnos, a céu aberto ou fechados. Também é um lugar conhecido por alguns mercados peculiares, como é o caso dos dois aí no título do post.

Começamos bem cedo o dia, tomando café às 6h30 da manhã para conseguirmos chegar a tempo de ver o Talad Rom Hub ou Folding Umbrella Market ou Maeklong Railway Market ou ainda, como nós conhecemos, o mercado do trem.


Esse mercado fica a aproximadamente, 1 hora de Bangkok e você já deve ter visto em algum filme, caso não o conheça pessoalmente. É bastante famoso por aqui e pelo mundo. Certamente é um ponto de parada imperdível se você visita Bangkok. Seja pela excentricidade ou pela curiosidade de ver como é o seu funcionamento.


O negócio é o seguinte: quatro vezes por dia, em horários determinados (8h30, 12h10, 14h30 e 16h40) – melhor consultar o horário antes de ir, pois isso muda a todo momento – o trem chega a estação de Maeklong, no distrito de Samut Songkhram, onde fica um mercado extremamente ativo (li em muitos lugares que era somente turístico, mas vi um montão de locais fazendo compras – meu guia disse que era um dos mercados mais baratos da região e sim, as pessoas fazem efetivamente compras ali).


Esse mercado fica muito próximo aos trilhos do trem, quase em cima deles e, quando o trem vai chegando, todo mundo afasta as barracas para dar espaço para que ele possa passar. Isso acontece, na verdade oito vezes por dia. Quatro chegadas (horários aí acima) e quatro partidas (o trem fica parado na estação por 30 minutos, então, caso você perca sua chegada, pode ainda ver a partida. Não é a mesma coisa, mas vá lá!


Enfim, o trilho do trem é beeeeeem apertado e uma multidão se amontoa para ver a cena. Na hora que o trem vem chegando, toca uma sirene, é anunciada a chegada e você consegue ver todo mundo afastando as barracas e fechando as coberturas (por isso o nome “Folding Umbrella”). As barracas já são preparadas com rodinhas para a chegada do trem. Todo mundo é extremamente calmo, mesmo porque, além de estarem super acostumados com o processo, o trem anda muito devagar.


Para piorar a muvuca, logo na entrada da estação, ainda tem uma rua abarrotada de carros e motos, que fecha para a passagem do trem. Bem divertido e confuso! As meninas se divertiram muito vendo o trem chegar e a confusão toda acontecendo! Principalmente a bebê 2 que é mais descolada.

Depois que o trem pára na estação, os passageiros desembarcam, a turistaiada tira um monte de foto e vai-se embora para dar espaço aos próximos que ali chegarão para assistir o “espetáculo”!


Saindo de lá, andamos mais uns 20 minutos até nossa próxima parada: Damnoen Saduak ou Floating Market ou simplesmente, Mercado Flutuante. Um dos 4 principais que existem na região.. A tradução literal para o nome do mercado é “viagem confortável” e fica na província de Ratchaburi, que significa “a terra do rei”, em homenagem ao local do nascimento do rei Rama I (atualmente, para situar, a Tailândia está no rei Rama X, após a morte, em 2016, do rei Rama IX).

É um dos mercados flutuantes mais famosos do mundo e não é para menos, recebe milhares de turistas diariamente e é um lugar incrível, único!

Quando você chega, para acessar o mercado, faz uma viagem em um long tail boat rápido (com motor – se você já assistiu 007, vai lembrar desse barco) de mais ou menos uns 15 minutos. Um passeio super divertido que você observa os locais e suas moradias. As crianças adoraram!


Ao chegar, você tem duas opções: ou alugar um barco (o mesmo long tail, porém sem motor, com uma pessoa remando) ou aproveitar o mercado a pé.


Esta última, por incrível que pareça, é definitivamente a melhor opção e foi a nossa escolha. Quando você chegar lá e se deparar com um mega congestionamento de barcos, com todos os turistas totalmente parados esperando dar uma voltinha no mercado, vai entender a nossa escolha. Confesso que quando o guia me falou isso, duvidei, mas quando vi com os meus próprios olhos, entendi e concordei de imediato!


Mesmo fazendo todo o percurso no mercado à pé, você invariavelmente vai querer comprar alguma coisa dos barquinhos que por ali ficam. Lá é possível encontrar de tudo. Roupas de todos os tipos e gostos, souvenires mil, comida e bebida, é claro, tanto in natura, como frutas, legumes, aves, peixes e carne, como pratos doces e salgados prontos ou feitos na hora. Muito bacana! Também é possível tirar fotos com cobras e macacos, mas não sou a favor de estimular esse tipo de prática em lugares inadequados…

Tomei um sorvete de coco no coco, muito bom, feito somente de coco e açúcar de coco (100% coco!!!). Tomei água de coco no coco (sim, aqui é a terra do coco e também da cavalinha – um peixe que você encontra em todo canto, de todas as maneiras – cru, frito, grelhado, defumado, pendurado, espetado em um palito, dentro de uma panela, na folha de bananeira…) e comi Pad Thai vegetariano e spring roll – nada apimentados, como vi muitos alertas por aí – quando falei que queria com pouca pimenta, a moça me disse: no, no spicy! Spicy in the table! Menos mal… Quando chegou o meu, fiz meu próprio temperinho: vinagre apimentado, molho de peixe, chili powder, suco de limão e açúcar. Era assim que todo mundo por ali fazia… Misturei tudo, com um pouco de amendoim e ficou sensacional!


As meninas quiseram só um sorvetinho. Almoçaram comida ocidental um pouco mais tarde…

Minha esposa comeu fried rice, também vegetariano… Não tivemos muita coragem de comer com carnes ou peixes… Veja e tire suas conclusões…


Eu sou adepto a provar de tudo, ou quase tudo (sem coisas esdrúxulas, como escorpiões ou cérebro de macaco), mas… Tudo tem limite. Acho que você deve provar aquilo que tem vontade e seguir seu senso de higiene. Quando duvidar dele, não coma! Não deve ser legal estragar uma viagem no hospital…

Preferimos então a opção vegetariana, menos arriscada, que iria passar por uma wok absurdamente pelando…

Saindo do mercado (não precisamos voltar com o barco. Nossa van foi nos buscar), deu tempo ainda do guia nos levar para conhecer um templo budista voltado ao Muay Thai (sim, é isso mesmo) que foi totalmente coberto por árvores. Incrível!


O Muay Thai por aqui, só pode ser praticado para aprendizado, caso seja preciso usar em guerras e batalhas. Não pode ser praticado como um esporte. E, se você me perguntar sobre as lutas famosas em Bangkok, não fui em nenhuma, mas sei que são ilegais!

O boxe tailandês é ensinado às crianças nas escolas e os soldados também aprendem! Acho que vou colocar as meninas em umas aulinhas para se defenderem pelo mundo afora… 🤔

Esse templo data do século XVIII e foi construído para ser um forte durante uma batalha contra Burma (Myanmar) em conjunto com a China. Era o abrigo do rei e o local onde os exércitos chinês e tailandês aprendiam a luta para ser usada contra o exército de Myanmar.

O templo então, foi deixado de lado após a guerra e foi consumido por raízes de árvores. Há pouco tempo atrás, o governo local resolveu restaurar o templo, colocando alguns aparadores entre as raízes para que não caíssem e construiu um outro, maior, ao lado. No templo menor, tem um grande Buddha coberto por folhas de ouro deixadas pelos fiéis e turistas, claro (eu mesmo participei da tradição).


É um lugar muito visitado por tailandeses e não vi quase nenhum outro turista por aquelas bandas. Caso você queira ir, ele se chama Wat Bang Kung ou Banyan Tree Temple e fica em Amphawa, há uns 15 minutos do mercado. Vale a pena!

Já leu todos os posts da Tailândia? Vem comigo então!

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